quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O paradoxo do nosso tempo


O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.
Dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos.
Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência.
Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos.
Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior.
Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluimos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos.
Planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos mais comida, mas menos apaziguamento.
Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.
Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição.
São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados. São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, "ficadas" de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.
É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla DEL.
Anônimo

O Rapaz que queria mudar o Mundo

Achei esse texto no Teilor's blog muito interessante. Reflitam!!!
O bj.
C.B
Era uma vez um Rapaz que sonhava em mudar o Mundo, mas o Mundo não queria ser mudado. O Rapaz tentou convencer o Mundo de que mudanças podem ser boas, que mudanças movem o mundo. Mas o Mundo não queria saber de nada daquilo; o Mundo não sabia que mundos que se moviam movidos a mudança, mas com certeza ele não era um desses mundos.
 O rapaz tentou argumentar que existiam muitas pessoas que estavam cansadas de conviver com o Mundo, tão cansadas que estavam abandonando este Mundo para ir para lugares desconhecidos, mesmo sem saber se tais lugares seriam melhores ou piores; o Mundo achou que essas pessoas eram muito mal agradecidas, e portanto era melhor que se fossem mesmo.
O Rapaz seguiu argumentando, tentou o debate, depois ameaçou, depois suplicou e depois chorou tentando convencer o Mundo a mudar, mas o Mundo continuava inflexível a continuar do mesmíssimo jeito que sempre havia sido.
Como o Rapaz parecia não cansar de tentar mudar o Mundo, o Mundo foi ficando cansado daquela história e resolveu acabar com aquilo de uma vez por todas. Não que o Mundo fosse um mundo maldoso, nada disso(!), ele era até um tipo de mundo bastante agradável, mas estava ficando cansado da insistência do Rapaz.
Então, um dia, o Mundo fez um acordo com o Rapaz, ele poderia mudar o Mundo, mas não poderia fazê-lo de qualquer jeito, ele precisava se preparar e gerar as condições necessárias à mudança. O Rapaz aceitou de boa fé o acordo com o Mundo, afinal de contas, o Mundo parecia estar disposto a mudar.
O Rapaz começou a frequentar uma universidade, assim conseguiria o conhecimento necessário para mudar o Mundo, depois o Rapaz arrumou um emprego, assim levantaria capital monetário para mudar o Mundo e se tornaria um homem responsável, pois o Mundo lhe dissera que apenas homens de respeito poderiam muda-lo. Depois o Rapaz resolveu ter uma família, escrever um livro sobre seu projeto de mudar o Mundo (ninguém comprou e quase ninguém leu), depois comprou uma casa, depois contratou um advogado, depois se separou da mulher, depois foi promovido a um cargo melhor na empresa, depois... depois... depois...
E o Mundo seguiu imutável.